Quem é o deus do vinho?

Você sabe quem é o deus do vinho na mitologia? Ao falar sobre esse assunto, é normal que muitos logo pensem em figuras mais renomadas, como Zeus, Hera ou mesmo Apolo. No entanto, há uma série de outras divindades que, ainda que não sejam tão conhecidas, têm um importante papel na história mitológica.

E um deles é justamente o deus do vinho na mitologia. Você sabe quem era o deus do vinho? Um deles é o Baco, o qual também é conhecido como Dionísio na mitologia greco-romana.

Ainda que não seja uma divindade tão importante na hierarquia do Olimpo, ainda assim o deus do vinho figura como uma peça excêntrica, boêmia e festiva, o qual se tornou símbolo do hedonismo.

A origem do deus do vinho

O deus baco mitologia grega nada mais é do que o fruto de um relacionamento entre Zeus – o deus dos deuses – com Sêmele, uma morta.

Mas, ainda que Sêmele tenha cativado Zeus e engravidado dele, a mulher sentiu que precisava provar a todos quem realmente era o seu amado.

No entanto, essa atitude acabou causando raiva a Zeus, que acabou por castigar a mulher com um de seus raios, salvando apenas o seu filho.

Então, para que pudesse terminar a gestação do bebê que estava com Sêmele, Zeus acabou costurando o pequeno Baco em sua coxa e escondeu de sua mulher ciumenta, Hera, por algum tempo.

E foi dessa estranha gravidez que nasceu o deus do vinho na mitologia grega. Então, ao questionar sobre quem é o deus do vinho, a resposta é Baco, filho de Zeus com Sêmele, e não com Hera.

Inclusive, o mito de Dionísio é um dos mais antigos de todo o acervo mitológico grego, sendo que alguns dos registros datam do século XIII a.C. Isto é, cerca de três mil e trezentos anos atrás.

O mito de Dionísio

Bacco, o Deus do vinho - por Caravaggio
Bacco, o Deus do vinho – por Caravaggio

Segundo a mitologia romana quem era o deus do vinho era Dionísio, que também se trata de Baco, mas com um nome distinto.

No entanto, a mitologia em torno dessas questões acaba gerando algumas controvérsias. E isso acontece porque em alguns pontos se diz que foi o sátiro Sileno quem lhe ensinou sobre a cultura da vinha e a produção.

Ou seja, ele era o principal companheiro de deus do vinho grego e vivia bêbado. Também se acredita que alguns dos filhos de Dionísio é que disseminaram a vinha pelo mundo.

Um desses filhos seria Estáfilo, filho do deus do vinho na mitologia romana Dionísio com a princesa de Creta, Ariadne.

Um dia, Estáfilo notou que um de seus bodes sempre demorava mais para voltar ao cercado, o qual parecia retornar cambaleante.

Então, decidiu o seguir e percebeu que ele comia os grãos de uma planta desconhecida. O pastor pegou as uvas, levou ao rei e pediu para guardar. Logo elas fermentaram e criaram um suco maravilhoso.

Na mesma época em que o deus do vinho na mitologia romana surgiu, já gabia cultos a Liber Pater, que era considerado o deus da viticultura, fertilidade e liberdade.

Então, ao se perguntar quem é o deus do vinho, saiba que pode existir mais de um, a depender da cultura.

Características do deus do vinho

Como dito, segundo a mitologia romana quem era o deus do vinho era Dionísio, mas também existem vários outros.

E é por isso que ao se perguntar sobre quem é o deus do vinho, deve-se considerar essa questão em particular.

No entanto, é válido salientar que na maioria dos casos, os deuses do vinho estão diretamente ligados com a agricultura, a terra e a diversos outros conceitos que dialogam com a liberdade humana e todas as suas expressões, o que inclui a sexualidade.

Liber, por exemplo, se opõe aos sentimentos de servidão, e o termo também remente à libação, ao ato de oferecer uma bebida por prazer.

Ele era o deus das festas, da colheita e do discurso libertário durante a época da República Romana, o qual também aparece no mito de Estáfilo.

Nesse contexto, diz-se que Liber Pater mandou o pastor enviar as uvas para o rei, que se chamava Oinos. Além disso, também se acredita que foi ele quem ensinou o monarca a extrair o sumo e a transformar em vinho.

Deus ou mortal?

O deus baco mitologia grega sempre gerou discussão a respeito de sua divindade. Afinal de contas, pela regra informal, nos casos em que a criança é fruto de um deus com uma mortal, então se considera a criança como humana, geralmente um herói, mas não um deus.

Por isso, para muitos, falar sobre o deus do vinho na mitologia grega é um tanto incongruente. E, nessa linhagem, há outros exemplos famosos, como Aquiles, Teseu e Helena de Tróia.

No entanto, saiba que há duas exceções quanto a essa regra. Um é Hércules, o qual se tornou deus e foi levado ao Monte Olimpo, depois de sua morte.

O outro exemplo é Dionísio, o deus do vinho grego. E isso acontece porque, ao nascer pela segunda vez da coxa de Zeus, ele acabou conquistando o status de um.

Bacanal

Agora que você já sabe quem era o deus do vinho, pode ser interessante conhecer algumas curiosidades a respeito do assunto, sendo que uma delas diz respeito à palavra bacanal.

Trata-se de uma palavra oriunda do latim “bacchanalia”, a qual está associada às festas e orgias pagãs, em homenagem ao deus do vinho.

Eram inspiradas em rituais de adoração que Dionísio estabelecia depois de conhecer a deusa-mãe frígia Cibele, que o curou da loucura por conta da perseguição implacável de Hera.

Em rituais como esses, Baco tinha companhia de um grupo de mulheres, as mênades, que os seguiam cantando, dançando, tocando pandeiro e bebendo vinho.

Na Antiguidade, os bacanais aconteciam de forma secreta e, de início, apenas com participação feminina. Mas, com o passar do tempo, incluíram homens.

Além de toda a folia, era comum ser um lugar para conspiradores, haja vista que as pessoas se sentiam mais livres para falar o que bem entendiam. E é daí que vem a explicação de que Baco era chamado também de “O Libertador”.

Equipe L'art du Vin

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